quinta-feira, 28 de abril de 2011

Provérbios sobre a verdade e a mentira

"A mentira corre, mas a verdade a apanha."
"Às vezes são precisas muitas mentiras para sustentar uma."
"A mentira só é vício quando faz mal; se faz bem, é uma grande virtude."
"A mentira é o degrau de todos os vícios."
"A mentira, só aos mentirosos prejudica."
"A mentira não tem pés, mas anda veloz."
"Língua comprida, mentira maior."
"A corda da mentira é muito curta."
"A mentira é como a desgraça, nunca vem só."
"A mentira é o tempero da verdade."
"A mentira dá flores, mas não frutos."
"Mentira é sempre vencida."

Andreia Moreira nº4
Bárbara Novais nº5
Tânia Santos nº19

Poema de Almeida Garret

Não te Amo

Não te amo, quero-te: o amar vem d’alma.
      E eu n’alma - tenho a calma,
      A calma - do jazigo.
      Ai! não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
      E a vida - nem sentida
      A trago eu já comigo.
      Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
      De um querer bruto e fero
      Que o sangue me devora,
      Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
      Quem ama a aziaga estrela
      Que lhe luz na má hora
      Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
      De mau, feitiço azado
      Este indigno furor.
      Mas oh! não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
      Que de mim tenho espanto,
      De ti medo e terror...
      Mas amar!... não te amo, não. 

Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'

Bibliografia de Almeida Garret

Bibliografia de destaque:
"O Toucador" (1822), 
"O Cronista" (1827), 
"Adozinda" (1828), 
"Lírica de João Mínimo" (1829), 
"O tratado da Educação"(1829), 
"Portugal na Balança da Europa" (1830)
"D. Filipa de Vilhena" (1840), 
"O Alfageme de Santarém" (1842),
"Romanceiro e Cancioneiro Geral" tomo 1 (1843); tomo 2 e 3 (1851), 
"Frei Luís da Sousa" (1843),
"Flores sem fruto" (1845), 
"O Arco de Sant'Ana"(1845), 
"Viagens na Minha Terra" (1845), 
"As profecias do Bandarra" (1848), 
"Um Noivado no Dafundo" (1848), 
"A sobrinha do Marquês" (1848),
"Memórias Históricas de José Xavier Mouzinho da Silveira" (1849), 
"Fábulas e Folhas Caídas" (1853).

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Biografia de Almeida Garret

Como estamos a estudar "Falar Verdade A Mentir" de Almeida Garret, decidimos fazer uma pesquisa sobre a vida e obra deste grande ícone da literatura mundial.


João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett, nasceu no Porto em 1799. Em 1809 partiu para a ilha Terceira devido às invasões francesas. Em 1816 foi estudar para a Universidade de Coimbra, frequentando o Curso de Direito. As suas influências liberais datam dessa época, no contacto com outros universitários. Em 1821 editou a sua primeira obra, o poema "O Retrato de Vénus", que foi considerado ultrajante pela censura, tendo Garrett sido obrigado a comparecer a tribunal. Foi também no ano de 1821 que subiu ao palco a sua tragédia "Catão", drama construído à maneira clássica. Com a Vila Francada, exilou-se em Inglaterra em 1823, onde entrou em contacto com a literatura romântica (Byron e Walter Scott). Em 1825 publicou em Paris "Camões", obra marcante para o Romantismo português. Em 1826 publicou "Dona Branca". Após a guerra civil, foi nomeado cônsul geral em Bruxelas. Estudou a língua e a literatura alemãs (Herder, Schiller e Goethe). Regressou a Portugal em 1836 e Passos Manuel encarregou-o de reorganizar o teatro nacional, nomeando-o inspector dos teatros. Além da atividade política e legislativa, Garrett continuou sempre a trabalhar na sua obra e escreveu para o Teatro "Um auto de Gil Vicente" em 1838, Garrett foi opositor da ditadura de Costa Cabral, que o demitiu do cargo de inspector geral dos teatros. Esta terá sido a época mais criativa de toda a sua carreira literária. O triunfo do movimento político da Regeneração (1851), trouxe Garrett à política ativa. Fundou um novo jornal, a que chamou A Regeneração. Devido ao seu temperamento e espírito independente saiu em 1853 do governo regenerador. Regressou então à escrita, iniciando um novo romance, "Helena", que não chegou a concluir pois faleceu em 1854. Como romancista, Garrett é considerado o criador da prosa moderna em Portugal. Na poesia, foi dos primeiros a libertar se dos cânones clássicos e a introduzir em Portugal a nova estética romântica.

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